quinta-feira, 13 de maio de 2010

.nove horas de treze de maio de dois mil e dez.

há quatro dias sem um raio de sol, acordo imersa em um momento de puro amor.
mexo os pés sentindo os dedos e cada vaso sanguíneo meu parece absorver lentamente o calor que vem de lá de fora, conduzindo-o por entre os mais minúsculos entrepeles e pêlos, até, por fim, tocar a cabeça e se emaranhar, tranquilo, entre cobertores e cabelos. os sons do ambiente me envolvem numa música constante e feliz.
sim, ele veio para ver-te, pequeno. veio para aquecer seu dia, seu início, seu verbo. a estrada amarela que novamente se faz caminho; a vida que se renova sob a luz; esse deus das plantas pequenas.
hoje é você quem nasce debaixo desse oceano translúcido de matéria abstrata.

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