sexta-feira, 9 de julho de 2010

.sorrio para o rio.


foi um pequeno momento, um jeito, uma coisa assim. ele me olhou, eu o olhei. os olhos, por um infímo instante, abrigaram-se um no outro. sorriso puro, sincero; identificação, empatia, algo do tipo, sei lá. algumas coisas não se explicam, só se sentem, sem mais.

ele, 13 anos. ela, o dobro.

imediatamente após seu sorriso correspondido, de seus lábios a fala mais do que repetida em seu cotidiano: olha aí, pessoal, o passatempo da sua viagem, é só um real, só um real...

mas é claro que sim; mesmo que não fosse viajar pra lugar nenhum naquele momento.

dentro dela, um sentimento esquisito ao ver ele saltar do ônibus naquela noite solitária na cidade maravilhosa (mesmo).

de fato, queria era levar ele pra algum lugar, comer algo gostoso, rir junto, saber de sua vida, sua história, sua casa, suas brincadeiras. queria ele perto, e triste permaneceu chacoalhando dentro do ônibus por sentir-se incapaz de satisfazer os anseios e desejos de um garoto carioca com tanta responsabilidade dentro de tão pouca idade.

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